Sumários

Remate/ Closing

17 Dezembro 2021, 18:00 João Guerra

A última sessão representou a oportunidade de aferir, com os alunos, a pertinência das apresentações anteriores, os métodos de avaliação e, sobretudo, as temáticas que, por falta de tempo e espaço, acabaram por ficar de fora, mas configuram temas importantes para uma reflexão clara e abrangente da sustentabilidade.

Foi, ainda apresentado um filme sobre Economia e sustentabilidade nos nossos dias para acicatar a discussão.


Da Sustentabilidade à Regeneração/ From sustainability to regeneration

11 Dezembro 2021, 09:00 João Guerra

Conduzida por Nuno da Silva, a sessão decorreu em formato virtual (zoom) e iniciou-se com uma reflexão sobre o momento atual (relação humanidade/ mundo natural). Ao longo dos séculos, a humanidade idealizou a busca por um mundo de bem-estar, felicidades e prazeres, mas, ao invés, foi deixando marcas de destruição, conflitos e desconexões.

De acordo com o convidado, vivemos uma época singular na história da humanidade, onde nada menos do que o futuro de nossa espécie, grande parte da diversidade da vida e a contínua evolução da consciência, estão em jogo. Se conseguirmos coletivamente dar um "salto importante" na consciência humana, o que temos pela frente é a promessa de uma civilização humana verdadeiramente regenerativa, colaborativa, justa, pacífica e equitativa que floresça e prospere na sua diversidade cultural e artística, restaurando ecossistemas e regenerando resiliência, local e globalmente. Se quisermos contribuir para esta grande transição teremos que ter em conta ambientes crescentemente complexos, voláteis, incertos e ambíguos e teremos que lidar com “wicked problems” que exigem formas de pensar, metodologias e práticas de trabalho radicalmente diferentes daquelas que criaram as crises atuais.
Esta foi a área de discussão e reflexão, impulsionada por metodologias de participação e envolvimento com os alunos.


Governança Empresarial: O Global Compact como exemplo

3 Dezembro 2021, 18:00 João Guerra

A iniciativa ‘the Global Compact’ foi impulsionada pelo então secretário geral das Nações Unidas Kofi Annan. Iniciada em 1999, começou com nove princípios em 3 áreas: direito do trabalho, proteção ambiental e sustentabilidade e direitos humanos. Anos depois foi incorporado um décimo princípio sobre combate à corrupção. Os documentos que orientaram a construção destes princípios foram a Declaração Universal de Direitos Humanos, a Declaração da Organização Internacionaldo Trabalho e os resultados da Rio/Eco 92.


De entre as 3 críticas centrais à iniciativa, estão: a Ideologia neoliberal em que o documento assenta, a falta de implicações institucionais e as estruturas e processos que não criam nenhuma obrigação para cumprimento dos princípios e/ou objetivos propostos. 

Dinamizando uma discussão em torno destas questões, as principais temáticas exploradas foram:
. Como, com a crise financeira de 2007/2008, a legitimidade social e política das empresas começou a ser questionada.
. Até que ponto a responsabilidade empresarial incide ou assenta na democracia?


Sociedade e sustentabilidade, ou um merlo branco que nunca ninguêm viu

27 Novembro 2021, 09:00 João Guerra

Sessão da responsabilidade do coordenador da disciplina, iniciou-se com a noção holística e sistémica de desenvolvimento sustentável: um conceito integrado e integrador que junta num mesmo imperativo o bem-estar social, a prosperidade económica e a salvaguarda do ambiente”. Apresentaram-se dados sobre a evolução do crescimento populacional no mundo ao longo do tempo e refletiu-se sobre o impacto que tal crescimento tem na qualidade ambiental e nos equilíbrios ecossistémicos.

Esses impactos, no entanto, não só não se distribuem equitativamente no mundo, como têm origens ainda mais desiguais. Importa, por isso, acautelar que a abrangência do DS se mantém para além dos princípios assumidos e aproveita a mobilização impar que implicou, por exemplo, a Agenda 2030 e o Acordo de Paris. Os fracos resultados até agora alcançados, no entanto, sobretudo entre os países do chamado Sul Global, faz crescer a desconfiança, no mínimo, a par da esperança que entretanto estes acordos e convenções internacionais procuraram renovar. Veremos se os próximos anos (em que se espera que, por exemplo, o acordo de Paris venha a ser ratificado pelos diversos países e organizações internacionais que o assinaram) não nos reservam surpresas desagradáveis e transformam uma vitória declarada, num saco de promessas vazias e inconsequentes.


Localizar a Agenda 2030 – O caso do ODSlocal

19 Novembro 2021, 16:00 João Guerra

A sessão iniciou-se com uma breve apresentação do projeto ODSlocal e dos oradores convidados que o representaram. Os oradores convidados (Filipa Ferreira (MARE-NOVA) e Paulo Madeira e Madalena Santos (ICS-ULisboa) desafiaram os participantes com um exercício exploratório com recurso à Plataforma “MentiMeter” que seria novamente posto à discussão no final da sessão, partindo de três metas e da possibilidade da sua transformação para alvo de ação política e social à escala local.


O principal objetivo da sessão consistiu em desenvolver o tema do processo de transposição dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) para a escala local, concretamente através da apresentação da Plataforma ODSLocal - Plataforma Municipal dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Trata-se de uma iniciativa delineada com o propósito de apoiar os Municípios Portugueses a concretizar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), cuja dinâmica permite visualizar e monitorizar os indicadores de progresso dos munícios e mapear práticas e projetos inovadores, sustentáveis e georreferenciáveis, concretizados quer pelas autarquias em Portugal, quer por outros atores locais, calculando os respetivos impactos.
A apresentação seguiu a estrutura lógica do projeto e as áreas funcionais de cada um dos três oradores convidados.