Sumários

Relatórios do IPCC

9 Maio 2025, 18:00 • Luís Filipe Antunes Dias

Relatórios de Avaliação
Publicados aproximadamente a cada 6-7 anos. São compostos por:
Grupo de Trabalho I (WGI): Bases físicas das alterações climáticas
Grupo de Trabalho II (WGII): Impactos, adaptação e vulnerabilidade
Grupo de Trabalho III (WGIII): Mitigação das alterações climáticas
Resumo para decisores políticos (SPM)

Relatórios Especiais (Special Reports)
Abordam temas específicos, como:
1,5 °C (2018)
Oceanos e criosfera (2019)
Uso da terra e segurança alimentar (2019)

Relatórios Metodológicos
Por exemplo, sobre os métodos de contabilização de emissões de gases com efeito de estufa (GEE).

As Conferências das Partes (COPs) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC)

3 Maio 2025, 09:00 • Luís Filipe Antunes Dias

COP11995BerlimInício das negociações formais para compromissos mais fortes.
COP31997QuiotoAdoção do Protocolo de Quioto, com metas obrigatórias de redução de emissões para países desenvolvidos.
COP152009CopenhagaTentativa falhada de acordo global vinculativo, mas resultou em compromissos voluntários.
COP212015ParisAdoção do Acordo de Paris, com o objetivo de limitar o aquecimento global a bem abaixo de 2 °C (preferencialmente 1,5 °C).
COP262021GlasgowReforço dos compromissos nacionais (NDCs) e chamada à eliminação progressiva do carvão.
COP282023DubaiPrimeira conclusão do Global Stocktake, destacando o “phase-down” dos combustíveis fósseis e maior ambição climática.

Exemplos de Avaliação de Impactos e Adaptação

12 Abril 2025, 11:00 • Luís Filipe Antunes Dias

Objetivos da Aula:

·      Analisar vulnerabilidades a inundações com base em índices integrados.

·      Estudar os impactos da subida do nível médio do mar em zonas urbanas e costeiras.

·      Avaliar a adaptação nos recursos hídricos e sistemas agroflorestais.

 

Temas Principais e Subtemas:

1. Vulnerabilidade a Inundações (Aplicação: Portugal)

·      Exposição: localização de infraestruturas, densidade populacional

·      Suscetibilidade: uso do solo, topografia, características naturais

·      Capacidade adaptativa: socioeconómica, estrutura etária, educação

·      Aplicação da Análise de Componentes Principais (ACP) para criação de índice de vulnerabilidade social

·      Construção de índices Compostos: Índice Básico de Vulnerabilidade a Inundações (BFVI), Índice de Vulnerabilidade a Inundações (FVI); Índice Combinado de Vulnerabilidade a Inundações (CFVI)

·      Validação do índice com registos de inundações

 

2. Subida do Nível Médio do Mar (Aplicação: Oeiras e Algarve)

·      Conceitos: Zero Hidrográfico (ZH), Zero Altimétrico (ZA)

·      Projeções em diferentes cenários de subida do nível médio do mar, recuo da linha de costa e galgamentos costeiros;

·      Impacto em infraestruturas críticas

·      Workshops com partes interessadas para identificação de medidas

·      Estratégias de adaptação: e.g. Alimentação artificial de praias e dunas, Sobrelevação de edifícios, Retirada e relocalização, Remodelação de esporões

·      Construção de caminhos de adaptação (DAPP) para Quarteira e Península do Ancão / Praia de Faro

·      Envolvimento de partes interessadas no processo de decisão

 

3. Recursos Hídricos e Agrofloresta (Aplicação: Portugal - Projeto RNA2100)

·      Modelação de impactos hidrológicos e Agrícolas com recurso ao SWAT+

·      Período histórico vs futuro (1979–2015 → 2041–2100)

·      Parâmetros simulados: Caudais, barragens, culturas de sequeiro e regadio

·      Impacto das alterações climáticas nos aproveitamentos hidroagrícolas, nas culturas de sequeiro e regadio e no armazenamento em Barragens

·      A iniciativa “Água que nos une”

Risco de Inundações, disponibilidades hídricas e Caminhos de Política de Adaptação Dinâmicos

4 Abril 2025, 14:00 • Luís Filipe Antunes Dias

Objetivos da Aula:                                                       

·      Aplicar uma abordagem quantitativa à avaliação do risco de inundações.

·      Compreender o impacto das alterações climáticas nos eventos extremos de precipitação.

·      Aprofundar os conhecimentos da metodologia Caminhos de Política de Adaptação Dinâmicos.

 

Temas Principais e Subtemas:

1. Avaliação de Risco de Inundações (Aplicação: Baixa de Lisboa)

·      Recolha de dados: Climáticos (precipitação, cenários RCP), funcionais (uso dos edifícios), de usos e ocupação do solo, modelos digitais de terreno, etc.

·      Correção de viés

·      Aplicação de distribuições estatísticas de extremos (e.g. Gumbel, Pearson III)

·      Curvas IDF (Intensidade–Duração–Frequência)

·      Cálculo de períodos de retorno

·      Modelação hidrológica com recurso ao modelo MOHID e SWMM

·      Aplicação de Curvas profundidade-dano para vários tipos de estrutura (com/sem cave, industriais, residenciais)

·      Avaliação do dano médio anual (DMA)

 

2. Caminhos de Política de Adaptação Dinâmicos (Aplicação: Recursos Hídricos no Algarve)

·      Fundamentos teóricos dos Caminhos de Política de Adaptação Dinâmicos

·      Planeamento adaptativo considerando as incertezas

·      Utilização de diferentes cenários climáticos para análise a eficácia de medidas de adaptação

·      Identificação e definição de "tipping points" das medidas de adaptação

·      Envolvimento de partes interessadas no processo de decisão

·      Desenvolvimento de caminhos de adaptação

·      Avaliação de flexibilidade e robustez das trajetórias

·      Aplicação dos DAPP a contextos reais em Portugal

Estratégias e Planos de Adaptação a nível Nacional, Regional e Local

28 Março 2025, 16:00 • Luís Filipe Antunes Dias

Objetivos da Aula:

·      Compreender os fundamentos da política de adaptação às alterações climáticas na UE e em Portugal.

·      Identificar abordagens e ferramentas para a elaboração de estratégias e planos de adaptação.

·      Introduzir a metodologia ADAM e outros instrumentos internacionais de apoio à decisão.


Temas Principais e Subtemas:

1. Política de Adaptação da União Europeia

·      Estratégia Europeia de Adaptação (2013) e atualização (2021)

o   Adaptação inteligente (baseada em dados)

o   Adaptação mais rápida e ampla

o   Adaptação sistémica e intersectorial

·      Plataformas e ferramentas europeias:

o   Climate-ADAPT: partilha de dados e boas práticas

o   Risk Data Hub: repositório europeu de riscos

o   Copernicus – Climate Change Service

 

2. Política Nacional de Adaptação em Portugal

·      ENAAC 2020 – Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas

o   Integração no ordenamento do território e na gestão dos recursos hídricos

o   Planos de Gestão de Riscos de Inundações (PGRI)

o   Planos de Gestão das Regiões Hidrográficas (PGRH)

·      P-3AC – Programa de Ação (2019)

o   Principais medidas financiadas

 

3. Conceitos Fundamentais

·      Vulnerabilidade, exposição, suscetibilidade e capacidade adaptativa

·      Diferenças entre abordagens top-down (modelos climáticos) e bottom-up (necessidades locais)

·      Serviços dos ecossistemas, Soluções baseadas na Natureza

 

4. Metodologias e Ferramentas para Planos de Adaptação

·      UKCIP Adaptation Wizard, EU Adaptation Support Tool e EU Urban Adaptation Support Tool

·      ADAM – Apoio à Decisão em Adaptação Municipal

o   Etapas: preparação, identificação de vulnerabilidades atuais e futuras, avaliação de medidas de adaptação, avaliação e monitorização